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Amy concede entrevista a revista Black Velvet
Amy concede entrevista a revista Black Velvet

Apoio e dicas de seu pai no início de sua carreira.
“Quando eu era criança, me lembro que ele costumava dizer que eu deveria sorrir quando ele ia aos nossos primeiros shows. Na época, nós nos levávamos muito mais a sério, porque queríamos provar quem nós éramos e que éramos uma banda séria com músicas sérias e significados profundos, e eu ficava lá no palco muito séria. Nos dias de hoje, você me vê no palco e estou sorrindo o tempo todo, mas me lembro de meu pai me dizer, ‘foi um ótimo show, uma linda apresentação, eu gostaria que você sorrisse mais um pouco.’ E eu falava, ‘Pai, você não entende, não somos esse tipo de banda.’ Mas ele sempre me dava conselhos úteis e bons e me fez ficar familiarizada com estúdios de gravação e estações de rádio.”

Mas por que demorar tanto para lançar um novo álbum?
“Se você forçar algo antes da hora, não será tão bom quanto se fosse verdadeiramente inspirado. E acho que tenho que admitir que me dou ao luxo de ser capaz de fazer isso. Temos fãs e lançamos álbuns que venderam muito e, depois do ‘Fallen’, me deu a possibilidade de me afastar e gastar o tempo que eu queria com o segundo álbum. Todo mundo passa muito tempo trabalhando em seu primeiro álbum, geralmente é após isso que se tem mais pressão para se apressar e lançar algo. Existe muita pressão e vem de pessoas pelas quais você se importa, os fãs, sabe? É bom que nossos fãs estão morrendo de vontade de saber o que vai vir depois, mas é difícil, porque eu não sei o que vai acontecer agora. E acho que isso é bom. Acho que é saudável. Estivemos muito focados no álbum autointitulado e na turnê há anos e é hora de deixar o meu cérebro respirar um pouco.”

“Lost in Paradise” e os problemas com a gravadora.
“É uma luta. Toda vez que fizemos um álbum, demora tanto que as pessoas não veem o que acontece nos bastidores. Entre lutar pelos seus direitos com a gravadora sobre cada coisa criativa que você se sente apaixonado só para ter permissão para fazer um álbum – acredite ou não, coisas desse tipo aconteceram conosco, às vezes. Ter essa luta pessoal entre ficar no centro das atenções e nesse louco escrutínio e pressão e não ter liberdade. O problema com a liberdade é que não estou totalmente livre se eu não estiver fazendo tudo o que o meu coração quer fazer. Então acho que, para mim, a música é sobre essa luta. E, no final das contas, é sobre eu tomando a decisão para fazer algo difícil, escalar a montanha para receber o pagamento no final e aqui estamos nós. E eu amo essa música, tenho muito orgulho dela.”

Compor com outra pessoa não é uma coisa fácil.
“Com todas as mudanças e as coisas pelas quais passei durante os anos, você não pode simplesmente compor com todo mundo, você precisa ter uma conexão especial, pelo menos eu tenho, para criar algo bom com alguém. Não pode ser apenas um bom músico, tem que ser mais do que isso. Os outros dois álbuns foram escritos por mim e outra pessoa:‘Fallen’ foi eu e o Ben, e ‘The Open Door’ foi eu e o Terry. E, então, fizemos muitos shows com Troy, Will e Tim e passamos muito tempo juntos e tivemos tantas conversas criativas juntos quando eu estava pronta para escrever. Eu estava tipo, ‘Vamos tentar. Vamos nos reunir e ver o que acontece.’ Eu sabia que isso estava me forçando a fazer algo que eu não estava confortável, porque compor é uma coisa muito íntima.”

“My Heart is Broken” e o tráfico humano.
“Eu estava pensando sobre essa organização, a Restore, de Nova York, que é sobre tráfico humano. Conversamos muito sobre isso. Percebi que era uma coisa que pesava no meu coração. Eu conheci uma mulher maravilhosa, Faith Huckel, e nos tornamos amigas, e fiquei incrivelmente inspirada pelo seu trabalho. Ela fundou a organização e começou tudo sozinha e se tornou essa organização muito inspiradora em Nova York que construiu um abrigo… Nunca teve um abrigo na cidade para alguém ir após fugir dos bordéis, tipo, ‘Tudo bem, onde vou agora?’ Achei o projeto inspirador. Inspiração vem de qualquer lugar, eu acho.”

Amy até conheceu as mulheres que vivem no abrigo da Restore, ela diz que é incrível, mas difícil
de falar com elas. Ela explica que sente o mesmo sentimento ao conhecer os seus fãs.
“Conhecemos muitos fãs que estão sofrendo. Algo que é muito legalsobre a nossa música é que as pessoas que estão sofrendo a usam como uma terapia, que é exatamente o que tenho feito. Estou em um bom lugar, sou uma pessoa saudável, passei por muita coisa na minha vida e estou certa de que ainda há mais por vir. A vida não é assim tão simples, mas grande parte da minha saúde física e mental tem sido a composição – colocar os sentimentos para fora, transformar algo doloroso em algo realmente bonito, processar aquilo que estou passando e compartilhar abertamente de uma forma grande e louca. E descobri com o tempo que a nossa música fornece um serviço como esse para as pessoas de todo o mundo que passaram por coisas que são muito difíceis de se lidar e elas sentem como se a música fosse o único lugar onde elas são compreendidas e se sentem seguras, porque elas não estão sozinhas. Conhecemos pessoas todos os dias que têm enfrentado todos os tipos de coisas na vida que são simplesmente difíceis para elas, algo comum como divórcio, paralisia, perda… é comovente, mas também muito bonito. Tenho muito orgulho de ter um lugar no mundo da arte que significa mais do que se glorificar. Me faz querer ficar mais um pouquinho. A essa altura, principalmente depois de um ano e meio em turnê e falando sobre mim mesma, estou cansada de saber sobre mim, para ser honesta. Cansada de mim.”

Sobre o furacão Sandy, que atingiu os Estados Unidos em outubro do ano passado.
“Sinto como se eu não tivesse controle. É muito difícil. Estávamos longe e só estávamos vendo a notícia, orando, e esperando que a nossa família ficaria bem e estava.”

Conhecer Shirley Manson, vocalista do Garbage.
“Eu fui inspirada pelo Garbage quando eu tinha uns 17 anos, talvez até um pouco mais jovem. E lembro que ‘Stupid Girl’ era uma das minhas músicas favoritas. Eu me relacionei com ela porque eu me sentia diferente das outras crianças da escola. Foi legal ter sido capaz de conhecê-la e ver que ela é uma pessoa com os pés no chão, isso é muito inspirador para mim. Eu estava lá do lado palco assistindo, cantando junto, muito feliz, pensando, ‘Nossa, não acredito que estamos no mesmo palco!’ Ela também disse algo muito gentil para mim ou sobre mim no palco e aquilo foi super legal.”

Morte de Michael Jackson.
“Tenho tantos pensamentos, mas não o conheci pessoalmente. Acho que isso é provavelmente o mais difícilsobre MichaelJackson: era muito difícil conhecê-lo pessoalmente. Ele teve uma vida pública extraordinária. Quando eu estava andando por Nova York, ouvi alguém dizer o nome dele e assim por diante. Aí, pensei, ‘algo está acontecendo.’ Depois, fui a uma loja, e vi a TV, e todo mundo meio que parou de fazer o que estavam fazendo e estavam acompanhando a notícia e aquilo foi muito triste.”

Amy ama pintar.
“Eu amo pintar e eu disse isso ontem, ‘Mal posso esperar para chegar em casa e pintar mais um pouco.’ Eu gosto porque não sinto nenhuma pressão. Eu sempre gosto de ter um projeto paralelo quando estou trabalhando, principalmente quando eu estava fazendo o último álbum, por exemplo. Tenho um monte de pinturas parcialmente terminadas em casa. Levei bastante tempo para fazê-las.”

[Amy mostra um quadro que está trabalhando há cinco anos ao entrevistador]
“Eles são definitivamente mais lunáticos e até mesmo infantis do que a minha música. É um lado diferente de mim. Estive trabalhando nele por uns… cinco anos e estou perto de terminá-lo. Ele é muito grande. Leva provavelmente uma hora para fazer cada um desses polvinhos, talvez 45 minutos e tem… sei lá… 300 deles.

Futuro…
“Você nunca pode saber o que está por vir e sou uma pessoa de mente aberta para tudo, porque já vi muita mudança em minha vida e só tenho 30 anos, e a mudança é uma coisa boa. Às vezes, é triste e sempre é difícil mudar. Essa semana é definitivamente difícil para nós, porque temos apenas dois shows e, então, não sabemos o que fazer depois. Foi uma aventura incrível, foi mesmo, e estou muito orgulhosa do que fizemos até agora e tocamos tantas pessoas. Conheci várias pessoas maravilhosas ao longo do caminho e sou muito agradecida por isso. Acho que sempre tenho que falar para mim mesma que tudo que aconteceu é bom suficiente e tudo que acontece depois é algo novo – porque tenho muito orgulho do que fizemos, mas estou animada para o futuro, porque existem infinitas possibilidades.”

fonte:newsevanescence.